ROTA DE MANHOUCE
S. Pedro do Sul
- Dificuldade: 2
- Distância: 14,1Km
- Duração: 4h45
- Desnível: 641m
- Tipo: Circular
Pontos de interesse:
- Ponte Romana de Manhouce
- Ribeira de Manhouce
- Poço da Silha
- Ribeira da Vessa
- Parque de Merendas de Alagoa
- Aldeia de Gestosinho
- Ponte medieval sobre ribª de Bondança
- Aldeia de Bondança
- Aldeia de Salgueiro
- Ribeiro Muro
- Malfeitoso
- Igreja Matriz de Manhouce
Enquadramento local:
É no extremo ocidental do concelho de São Pedro do Sul que se encontram as terras altas de Manhouce, em pleno Maciço da Gralheira. Nesta região montanhosa, com um passado muito antigo, encontraram-se vestígios arqueológicos que atestam povoamentos do Neolítico, da Idade do Bronze, da Idade do Ferro e do período Romano. Já o topónimo Manhouce, parece advir do termo manha (terra inculta, baldio) ou de uma variação de amanhouce (terra amanhada).
A Ponte de Manhouce, construída pelos romanos entre o séc. li a.e. e o séc. 1 d.C., integrava a Via Cale, a Estrada Imperial que ligava Emérita Augusta (Mérida) a Bracara (Braga), com passagem por Viseu. Uma via que adiante na história ficaria aqui conhecida como a estrada dos almocreves, os itinerantes comerciantes que da Idade Média ao séc. XX ligaram gentes, culturas e territórios com as suas histórias e mercadorias .
Descrição do percurso:
De Manhouce segue-se até ao lugar do Lageal até Malfeitoso. Neste troço atravessamos a Ribeira de Manhouce através de um passadiço em pedra. Chegamos ao Salgueiro por um caminho antigo, que percorre uma zona planáltica revestida de campos agrícolas em socalco, com gado bovino a pastar. Bondança é a povoação que nos aparece a seguir, com a sua reserva de azevinhos, partindo após, para a aldeia de Gestosinho, a caminho da Alagoa com o seu parque de merendas inserido num povoamento de bétulas e castanheiros. A partir daqui começa-se a descida até à Ribeira da Vessa, com a sua cascata e moinhos de água na margem esquerda, passando primeiro pela centenária Quinta das Uchas.
Observações e notas extra:
Cultivo em socalcos
É uma ancestral técnica agrícola empregue em terrenos de elevada inclinação. Utilizada pelos habitantes das aldeias do Maciço da Gralheira, proporciona hoje paisagens agrícolas únicas, autênticos exemplos da capacidade de adaptação do ser humano aos mais desfavoráveis meios. Os socalcos eram construídos através do parcelamento de rampas niveladas. Primeiro escavavam-se os solos, depois deslocavam-se as terras e, finalmente, estabeleciam-se os aterros ou taludes onde então se cultivava.
Normas de conduta:
Praticar caminhadas, em especial por trilhos na natureza, dá-nos algumas responsabilidades e cuidados especiais que devemos ter em conta!
- Em percursos longos, planifique-o. Reúna previamente a informação disponível e necessária e certifique-se que termina a caminhada antes do anoitecer.
- Não faça fogo.
- Seja cortês com os habitantes locais e respeite os seus costumes e tradições.
- Respeite a propriedade privada (feche portões e cancelas).
- Não perturbe o gado e não danifique as culturas agrícolas.
- Respeite a natureza, não recolha e/ou perturbe animais e plantas ou danifique formações geológicas.
- Se encontrar um animal selvagem ferido ou debilitado, procure reencaminha-lo para um centro de recuperação de fauna selvagem.
- Não deixe lixo ou vestígios da sua passagem.
- Leve sempre água, mantimentos, protetor solar, roupa e calçado adequados e estojo básico de primeiros socorros.
- Em algumas situações terá que transpor estradas asfaltadas, faça-o com atenção.
- Circule pelos trilhos sinalizados e respeite a sinalização existente.