# ALDEIA DE COVAS DO RIO
LOCAL: SERRA DE S. MACÁRIO | concelho: s. pedro do sul
São Pedro do Sul é uma cidade portuguesa conhecida por possuir a maior e mais desenvolvida estância termal da península ibérica. No entanto, o município também é natureza e património cultural. Aldeias de montanha e serras mágicas para descobrir e explorar
Covas do Rio
é uma aldeia afastada, isolada e viva da União das Freguesias de São Martinho das Moitas e Covas do Rio. Fica a cerca de 24Km de S. Pedro do Sul. Uma viagem pelo ‘nosso Portugal’ mais rural, mais natural, e por onde o Homem não tem mexido muito. E que bom!
Paisagem verde, com montanhas a toda a volta, e Covas do Rio no sopé, distribuída pela encosta. Um aglomerado de casas, muitas em xisto e com telhados de lousa, e outras mais recentes, mais coloridas. Circulei pelas ruas estreitas e sinuosas, quelhas por onde não passam senão pessoas e animais. A pequena povoação viveu e vive essencialmente da pastorícia. Na aldeia podemos encontrar um rebanho, que muitas vezes se desloca para o monte, nas pastagens frescas que rodeiam a aldeia. Água fresca em vários cantos. Ali, o regadio ainda é o mais tradicional. Animais e pessoas convivem lado a lado. Felizes.
A principal actividade dos seus habitantes é o cultivo da terra e a criação de gado, maioritariamente para consumo próprio. Na sua maioria as casas são de xisto, com cobertura em ardósia (também conhecido por “lousa”), sendo que apenas nos finais do século XX começaram a surgir habitações de betão e telha.O santo padroeiro da aldeia é o S. Facundo, e é associados á religião que estão os principais eventos da aldeia: no domingo de páscoa é feita a tradicional visita pascal, onde a cruz precorre todas as casas; e em Agosto (geralmente no 2º domingo) é feita a festa de verão, em honra de Nossa Senhora da Assunção
Sabe-se que juntamente com S. Martinho das Moitas, terá pertencido a um “vilão-herdador”, sendo doada ao mosteiro de São João de Pendura, toda a zona onde se inseria era conhecida no século XII como “Território Pennafiel” (de onde derivou o nome da aldeia da Pena). No século XIII, por alturas do reinado de D. Dinis toda a zona estava incluida no “julgado de Lafões”, mas tarde conhecido sucessivamente como concelho e comarca de Lafões. Sobre o “julgado de Lafões” é sabido que mais tarde pertenceu ao infante D. João, filho de D. Pedro e Inês de Castro
Novos dados sobre a aldeia datam de 1824, altura em que deixou de pertencer ao concelho de Sul, quando este foi extinto, originando uma série de novas pequenas freguesias, entre as quais se incui a de a freguesia de Covas do Rio.
No entanto, foi já nos finais do século XX que se deram os marcos mais importantes para a modernização da aldeia; com os anos 80 chegou a estrada asfaltada e a electricidade, tendo sido necessário esperar por volta de década e meia, até que no ano de 2001, finalmente chegou a água canalizada.