As actuais Termas de S. Pedro do Sul eram chamadas pelos Romanos «Balneum», aqui construindo, há mais de dois mil anos, um balneário termal, cujas ruínas foram entretanto restauradas.
Nestes dois milénios, foi alterando sucessivamente a denominação. Primeiro passou de «Balneum» para Banho, depois para Caldas de Lafões, posteriormente, em 1895,para Termas da Rainha D. Amélia e, finalmente, para Termas de S. Pedro do Sul, já com o advento da República.
Como atrás foi referido, em 1152, D. Afonso Henriques concede ao local foral realengo, instituindo o concelho do Banho, elevando-o posteriormente, a “Couto do Reino” e a Couto de Honra”. Havia este pequeno e antiquíssimo concelho de subsistir até ao desmantelamento do extenso concelho de Lafões, em 1834, data a partir da qual ficou integrado no concelho de S. Pedro do Sul.
Em 1169, aqui se deslocou o Rei Fundador para tratar-se de uma perna fracturada da Batalha de Badajós, acompanhado de seu filho Sancho e suas duas filhas.
D. Manuel I ali veio também em busca de lenitivo para os seus padecimentos herpéticos, tendo-lhe concedido novo e mais importante foral em 1515.
À época, já o local termal tinha o nome de Caldas de Lafões, sede do pequeno concelho do Banho.
Por fim, a última rainha de Portugal, D. Amélia de Orleães e Bragança, aqui veio também tratar-se de problemas da garganta, em 1894. E tão bem se sentiu que voltou em 1895, 1896 e 1898, No segundo ano da sua vinda, a Câmara de então deu o nome ao local de Termas da Rainha D. Amélia, atribuindo também o seu nome ao Balneário que ainda hoje se mantém (imagem de topo – Balneário Rainha D. Amélia).
Em 1987, foi inaugurado um segundo Balneário, o maior da Península, recentemente remodelado e ampliado, ao qual foi atribuído o nome de “Balneário D. Afonso Henriques”, justa homenagem ao monarca que, no alvor da nacionalidade, concedeu tão grande honra ao lugar e às “águas milagrosas” que nele brotam.
Esta estância termal, a funcionar todo o ano, é procurada por cerca de um terço dos aquistas nacionais. Também muitos turistas demandam este rincão em busca de descanso para o corpo e para o espírito.