O festival Palcos realizou-se no Cineteatro João Ribeiro em Vouzela durante o mês de Junho, tendo apresentado no dia 11 a peça “Na Barca Com Elas”, do Teatro da Universidade Sénior de S. Pedro do Sul e no dia 18 subiu ao palco a peça “O Banho do Coronel”, na Associação Recreativa e Cultural de Santa Cruz da Trapa.
Mas as atenções ficaram voltadas para a estreia de peça “Segredos Ocultos”, no dia de encerramento do festival, o dia 24.
Sobre essa peça, Fernando Figueiredo descreveu desta forma:
“E de repente a luz do palco acendeu e os segredos que estavam ocultos começaram a ser desvendados. Diga-se de passagem que o esforço valeu a pena para que estes segredos vissem a luz do dia, aliás, vissem a luz da noite, pois os ponteiros do relógio já marcavam as 21.30h.
Tudo começou em Outubro de 2021, quando uns audazes jovens se aventuraram em aparecer num curso de teatro organizado pela ATEF.
Não se sabia se a aventura ia chegar ao fim, pois a pandemia teimava em continuar a fazer estragos. Mas lá estavam eles sentados nas cadeiras do teatro, esperando que a aventura tivesse luz verde para começar. Os olhos estavam fixados no palco, local onde queriam ser felizes.
Sem que dessem por isso, o tempo foi correndo e quando deram conta eles próprios tinham criado um texto, ao qual quiseram chamar Segredos Ocultos. Sabiam que aquela obra, sim obra, lhes tinha saído do corpo e da alma e quiseram partilhar com as pessoas. Diga-se de passagem que fizeram bem em querer partilhar.
E assim foi. No dia 24 de Junho, as atrizes Camila Santos, Carolina Nogueira, Carolina Santos, Catarina Almeida, Eva Rodrigues, Filomena Carvalho, Joana Alves, Letícia Lages, Maria Matias, e Maria Morais, pisaram as tábuas sagradas do palco e contaram a sua história, com muitos segredos ocultos.
Mas a magia não acaba aqui, pois ainda este ano os Segredos Ocultos vão tomar forma de livro. Assim, as pessoas poderão ler a história com calma e um bom copo de vinho português, enquanto na lareira as labaredas aquecem o corpo e a alma.
No que diz respeito ao futuro, já há coisas pensadas, pois há que dar espaço para que os sonhos continuem a tornar-se reais. No decorrer dos nossos dias, as coisas irão surgir ao som duma brisa vinda do norte”.
Aníbal Seraphim